DOBRÁVEL Motorola RAZR traz NOSTALGIA que ABALA "RIVAIS" Mate X e Galaxy Fold | Hands-on em vídeo

novembro 21, 2019 Off Por Antonio

O hype é real, gente! Apresentando uma solução bem diferente daquelas que a gente já viu no Samsung Galaxy Fold e no Huawei Mate X, a Motorola apresentou na última semana o seu dobrável, apelando para a nostalgia, que já começa com o nome: RAZR 15 anos depois do celular flip, que foi febre por aqui, Motorola ressuscita o design de lâmina com o que há de mais novo na tecnologia: uma tela flexível

Mas alguns sacrifícios tiveram que ser feitos e é isso que nós vamos mostrar agora nesse hands-on do Motorola RAZR 2019 aqui no TudoCelular A tela flexível é importante para o RAZR, mas o que realmente diferencia ele dos dois concorrentes parrudos é o design Depois de mais de 30 protótipos, a equipe de design que, inclusive, contou com muitos brasileiros, chegou à conclusão de que eles precisam resgatar o icônico design do celular lançado em 2004 E quase tudo no antigo RAZR V3 está nessa versão de 2019; ele é só um pouco mais largo, porém, é quase tão fino quanto seu antecessor – até mesmo quando fechado – e isso é realmente impressionante Ele é robusto, firme, feito de aço inoxidável e Gorilla Glass no exterior

Pesa quase 200 gramas (bem levinho) e obviamente, ele "flipa" Fechado ele fica quase quadrado, lembrando até um pouquinho o polêmico Moto Flipout Mesmo nas minhas mãos, que não são muito grandes, ele não ficou desconfortável Diferente do Mate X, a dobradiça dele não é dura demais – só na medida certa para manter o aparelho fechado Por isso, você pode abrir e fechar e com só uma das mãos e realizar aquela ação que é quase terapêutica de fechar o aparelho quando você desligar uma ligação ou simplesmente quando você for guardar ele

A Motorola espera que ele fique fechado mais tempo, uma vez que ele também trouxe um display externo multifunção, o QuickView A parte de baixo da tela tem o maior queixo que você já viu desde 2004, com o antigo RAZR V3 Igual ao celular de 15 anos atrás, essa parte gorda e protuberante guarda conexão usb-c, saídas de som, sensor biométrico e outras peças como o microfone em qualquer outro smartphone isso ficaria muito esquisito, mas é de um RAZR que a gente está falando, Do lado direito ficam os botões de volume e um de energia texturizado, bem pequenos e discretos, quase imperceptíveis Tem também proteção contra respingos d'água, mas a gente não vai ver nele qualquer berço pra qualquer chip ou cartão

A memória dele não é expansível e ele utiliza eSIM para se conectar à rede Uma câmera fica saltada abaixo da tela externa e quando a tela dobrável está aberta, tem também uma câmera em cima dela, em um pequeno notch Atrás o aço texturizado preto acomoda também o logotipo da Motorola, que não tem qualquer uso Sendo maior do que o antigo RAZR de 2004, ele não é tão discreto quanto aquele celular, mas para os enormes aparelhos de hoje isso é uma façanha E temos a tela – ou as telas – que são a razão dele existir; diferente do Mate X, que deixa a tela dobrável exposta, e do Galaxy Fold, que quando se abre vira um tablet quase quadrado, o RAZR 2019 vai no embalo do One Vision e apresenta um display bem cumprido, mais de acordo com o conteúdo multimídia

Aberta nós temos uma tela P-OLED de 6,2" e aspecto 21:9, que não forma vincos como o Fold e nem tem tantas ondas como o Mate X Mas como eles fazem isso? Nas engrenagens da dobradiça o pessoal da Motorola usou dois truques, ajudados pelo design Primeiro, a tela não se dobra demais, ela fica protegida pelo corpo e consegue ficar mais enrolada, mais aberta, embora pelo design externo pareça completamente fechado – depois, de forma sutil, quando dobrada, a tela se move um pouquinho para baixo do queixo curvado do RAZR, não precisando assim ser forçada demais Se não fosse a vontade do usuário de ficar abrindo e fechando aparelho como os anos 2000, daria para dizer até que é o display dobrável que tem mais chance de durar Quase não se vê as ondas, é uma tela bem responsiva e, por ser OLED, tem ótimos pretos e cores vivas, muito bom para assistir vídeos, mas para jogos, aquela parte mais protuberante pode incomodar um pouco

Para leitura também é interessante, embora não seja tão confortável como no formato 4:3 do Mate X A tela externa QuickView tem 27", e ela é de toque também O som é razoável pelo que ele consegue oferecer, e os fones que vem na caixa têm uma qualidade superior por terem sido feitos em parceria com a Denom Eles são USB-C e são reforçados com nylon, assim como o cabo usb que vem na caixa

Já o som externo fica na parte protuberante do aparelho, como eu falei, junto com vários outros componentes É um som razoável, que vai ser suficiente para consumir conteúdo – e mais testes vão ser feitos pra gente poder dar o nosso veredito final Nos recursos nós temos o Android Pie embarcado, com a promessa de atualização para o Android 10, e alguns extras especiais para o RAZR principalmente em relação ao QuickView Através dela você pode tirar selfies sem abrir o aparelho e também pode controlar alguns aplicativos, como os de música Você pode ver um e-mail e, se você resolver respondê-lo, você abre o aparelho e aí ele já ativa o app correspondente, para que você continue que você estava fazendo na tela grande

A QuickView também permite acesso à alguns atalhos de configuração como, por exemplo, para mexer no brilho da tela, ativar conexões e outros Os gestos de câmera e lanterna estão presentes e funcionam com o aparelho fechado ou aberto, inclusive, quando eu agitei ele aberto foi a única vez em que a dobradiça balançou um pouco e eu fiquei receosa, mas fora isso, o outro único problema que eu vi quando estava usando ele, é que quando você abre o aparelho ele mostra a tela com brilho baixo, e eu precisava regular o brilho de novo – isso aconteceu várias vezes Isso deve ser um bug que vai ser resolvido com uma atualização de sistema A biometria fica do lado de fora em um pequeno botão na parte protuberante da frente e ela serve também para ligar e desligar a tela E um recurso que tem pouca utilidade mas que também pega no coração dos nostálgicos trata-se de um easter egg nos atalhos você pode ativar o modo retrô, que deixa a tela do RAZR 2019 igual ao V3 com direito a um tecladinho e uma tela que não funciona por toque

Você pode fazer ligações e ver mensagens com ela É no desempenho que a gente ia no calcanhar de Aquiles do RAZR; a equipe de design deixou claro que quando eles chegaram à conclusão de eles teriam mesmo o formato do RAZR V3 de 2004, eles sabiam já que teriam que ser feitos alguns sacrifícios – e um deles está no hardware Para se manter pequeno a bateria não seria muito grande, e o espaço para componentes também não, assim como espaço para arrefecimento e outras coisas Por isso, diferente dos concorrentes que trazem a última palavra em processamento, o RAZR é um intermediário E é fato, um intermediário até que decente, com armazenamento de 128 GB, Snapdragon 710 e 6 GB de RAM, mas é um tropeço em um celular tão caro

Durante nosso breve tempo de uso ele não engasgou em nenhuma navegação e em outros apps utilizados, mesmo quando colocado sobre o manuseio contínuo Ele só ficou morno E aqui nós já temos o segundo tropeço do RAZR: uma bateria de 2510 mAh em uma tela com mais de 6"? Com duas telas ainda, aliás?! Esse é um dos motivos para o processador ser intermediário, porque a bateria ocuparia espaço demais e tudo teria que ser bem econômico – já existem baterias flexíveis mas elas não estão prontas para uso comercial ainda, e assim, a equipe de design precisou dividir a que o RAZR tem em duas partes, uma em cada metade do aparelho O pouco espaço e a divisão levaram uma bateria pequena Nós ainda precisaríamos fazer testes extensos e completos pra conferir a duração dela no uso do dia a dia, mas não espere ótimos resultados

Na caixa a Motorola envia um carregador Turbo Power de 15-watts, que deve preencher a carga rapidamente O RAZR não conta com carregamento sem fio, porque ia ser uma coisa que ia ocupar ainda mais espaço Indo completamente na contramão do mercado, a Motorola colocou só duas câmeras no RAZR 2019: uma dentro e uma fora A externa conta com 16 megapixels, abertura de 17, foco PDAF e led duplo

Ela serve tanto como câmera comum quanto para selfies, dependendo do aparelho está aberto ou fechado Para selfies, inclusive, o acesso é feito pelo Quick View, que também mostra uns desenhos para atrair a atenção de crianças quando você está usando a câmera com a tela aberta – e vai levar fotos rápidas, mas certamente o aparelho vai ser aberto depois que você tira a foto, ninguém tira foto e mantém ele fechado, então isso acaba não sendo muito prático Além disso, essa câmera traseira é uma ToF 3D, que também serve para reconhecimento facial Com night vision, estabilização eletrônica e todos os recursos especiais atuais da Motorola, como a composição inteligente, destaque de cor e modo retrato completo, essa é uma câmera razoável, Em boa luz ela traz umas capturas bem legais, mas ela pode estourar em alguns momentos, pode perder detalhes e poderia ter um modo retrato melhor Essa é uma câmera que a gente esperaria em um modelo da linha Moto One ou da linha Moto G, e não em um aparelho tão premium e caro

Inclusive essa é a mesma câmera presente no Moto G7 Plus mas, mais uma vez, Motorola não está tentando ganhar nenhuma briga por maior desempenho ou melhor câmera O apelo do RAZR é design e tela Acima do display, em um notch, tem uma câmera de 5 megapixels abertura 20, que tira selfies que servem para redes sociais, mas que também vão ser meramente razoáveis Com previsão para ser lançado por aqui em janeiro de 2020, o RAZR 2019 não tem preço oficial para o Brasil ainda

Lá fora foi lançado a US$ 1500, o que nos leva a uns seis mil e duzentos reais na cotação de hoje Se a precificação for a de sempre, a gente pode ter alguma coisa na casa de mais de R$ 7000 por aqui, que é um valor proibitivo para quase qualquer um Ainda assim com o seu apelo emocional o RAZR 2019 é um smartphone que ajuda a Motorola moralmente falando Uma empresa que tem na sua história diversos marcos que se misturam com a própria história dos celulares

É um aparelho mostra que a Motorola ainda tem potencial de inovação e que ainda pode surpreender as pessoas Ele terá fabricação no Brasil, deve ser o primeiro dobrável a chegar por aqui, e traz a qualquer um que tenha mais de 25 anos uma boa sensação de "velhos tempos modernizados" – ainda que não vá ser comprado por muita gente E você, curtiu o RAZR 2019? O que você achou da escolha da Motorola em sacrificar o hardware em detrimento do design e da tela dobrável? Acha que ela acertou mais do que a Samsung e a Huawei? Conta pra gente aqui nos comentários! Ficamos por aqui e até a próxima