GOOGLE PIXEL 4 e 4 XL são o LANÇAMENTO mais MARCANTE de 2019 | Análise / Review

GOOGLE PIXEL 4 e 4 XL são o LANÇAMENTO mais MARCANTE de 2019 | Análise / Review

dezembro 27, 2019 Off Por Antonio

Quando a equipe do tudocelular se reuniu para eleger os melhores e piores smartphones do ano O Pixel 4 acabou sendo apontado como um dos maiores fiascos de 2019 Por que isso aconteceu? É normal a cada ano criar expectativas sobre como será a nova geração daquele celular que serve como uma vitrine para o Android, e ano após ano, o Google segue nos decepcionando

Mas o Pixel 4 e 4 XL são tão ruins assim? É isso que você confere agora nesta análise completa do tudocelularcom Vamos começar pelo ponto mais polêmico: a escolha do design Este ano vimos diversas fabricantes travarem uma verdadeira guerra contra as bordas nos celulares Tivemos várias soluções como entrar em formato de gota, furo na tela, câmera giratória (flip) ou pop-up

Claro que cada um tem a sua preferência mas os novos Pixels ostentam uma borda enorme na parte superior enquanto apresentam queixo bastante discreto É um design desproporcional e estranho que foi usado também pela Sony em alguns modelos recentes Mas o que você prefere: uma borda larga ou aquele entalhe gigante do Pixel 3 XL? A desculpa para ter apostado nesse design é que os novos Pixels possuem um radar integradi acima da tela que serve para detectar movimento e permitir novas formas de interação com o celular A traseira também não agrada a todos; depois de tanta discussão e piadas com o padrão de câmeras em bloco adotado pela Apple, o Google foi lá e fez igual – e por mais que você torça o nariz para isso, infelizmente será cada vez mais comum em 2020 Deixemos beleza de lado, já que nunca haverá um consenso, e vamos falar de outros pontos

Os novos smartphones do Google estão um pouco maiores e mais pesados Além do aumento de borda também tivemos um pequeno ganho de tela no modelo menor As novidades podem ser encontradas nas cores preta, branca e até um tom de laranja A borda é preta em todas as opções e gera um contraste interessante A qualidade de construção é a mesma de antes, com mistura de metal com vidro e proteção e IP68, mas não há mais aqueles dois acabamentos diferenciados na traseira As cores claras têm vidro fosco, enquanto o preto tem acabamento comum

O leitor biométrico sumiu da traseira e não há mais leitor de digitais A única solução biométrica é a facial, como visto nos iPhones O Google trocou a câmera ultra-wide para selfies por um sensor ToF que faz uma varredura tridimensional da face do usuário e valida sua credencial A tecnologia funciona tão bem quanto o Face ID da Apple, e não tivemos dificuldade de desbloquear o celular nem mesmo quando usado no escuro Além do tamanho também há uma diferença na tela: o Pixel 4 tem 5,7" com resolução Full HD+ e o XL tem as mesmas 6,3" de antes com resolução Quad HD+

A tecnologia empregada continua sendo a OLED e o nível de brilho é similar nos dois e não vimos uma melhoria comparado à geração anterior Por mais que o brilho seja suficiente para usar o Pixel 4 fora de casa, o Google está atrás do que Apple e Samsung entregam em seus flagships A novidade mesmo fica para a taxa de atualização de 90 Hz, que garante maior fluidez mas devora mais bateria Ele altera para 60 Hz quando não há demanda ou quando a bateria está fraca A reprodução de cores é excelente; há dois perfis de saturação, o natural entrega bom equilíbrio enquanto o aprimorado traz tons vibrantes como na linha Galaxy

Há também um modo automático que regula as cores de acordo com a iluminação do ambiente no mesmo estilo do True Tone dos iPhones Por ter a borda inferior eliminada o Google teve que jogar o alto-falante para perto da entrada USB-C, o que fica acima da tela serve apenas como canal secundário para gerar o efeito estéreo, porém, a potência é bastante inferior e temos um áudio desbalanceado Ainda assim, com os dois trabalhando em conjunto, a potência sonora é similar aos tops de linha de outras marcas Porém o Pixel 4 XL leva pequena vantagem sobre o modelo menor Nenhum dos dois tem entrada padrão para fone de ouvido e o Google nem mais fornece o adaptador na caixa

Se você possui um fone caro de alta impedância ficará decepcionado com a potência sonora dos novos Pixels Esse é o tipo de celular que qualquer audiófilo passaria longe, não sendo uma boa escolha para quem busca um aparelho voltado para ouvir músicas Equipando a ambos temos a plataforma Snapdragon 855, comum em qualquer telefone e metido a flagship Por ter Android puro desenvolvido especialmente para este hardware era esperado que ele entregasse desempenho superior a outros com o sistema modificado, certo? Pois é, o Google como sempre, segue decepcionando em otimização O Pixel nunca foi um exemplo de velocidade e os novos chegam a competir com os celulares intermediários que custam até metade do seu preço

Pelo menos agora temos 6 GB de RAM, o que ajuda a evitar o problema de aplicativos recarregando com frequência visto no Pixel 3 XL Outra decepção fica para a quantidade de armazenamento, sendo de no máximo 128 GB enquanto muitos fabricantes já oferecem quase dez vezes isso Em benchmarks há um ganho considerável na pontuação comparado aos modelos anteriores mas nem de longe são os melhores com Android e também como em poeira para os iPhones no AntuTu Enquanto aos jogos? Bem, aqui o Google deu mais atenção e não vimos a mesma falta de otimização das gerações passadas Se você busca um bom celular para jogos pode ir de Pixel 4, ainda mais por sua tela de 90 Hz, que permite rodar jogos até 90 FPS

Infelizmente a maioria das soluções no Android ainda continua com a limitação de rodar a 30 ou a 60 FPS Com tela de 90 Hz e sem aumento na capacidade da bateria esperávamos que a autonomia caísse – a boa notícia é que isso não aconteceu; a má notícia é que os novos Pixels entregam a mesma autonomia mediana de sempre Se você passa o dia todo fora de casa é bom levar o carregador com você ou ter uma power bank na mochila, porque pode acabar precisando O tempo de recarga também não evoluiu – ter que esperar quase duas horas para ter um celular recarregado é algo frustrante para um aparelho top de linha lançado em 2019 Apesar de virem com o mesmo carregador, o Pixel 4 XL recarregou mais rápido em nossos testes mas ainda está abaixo de muitos rivais

De software não tem muito o que falar; é o Android em sua essência pura, o Pixel 4 pode até não ser o android mais rápido do mercado, mas o sistema flui muito bem na tela de 90 Hz; aqui é onde vemos os smartphones do Google superarem a Samsung, que ainda peca em fluidez com as animações da One UI Se você quer algo no nível do iOS o Android 10 da linha Pixel realmente vai te agradar A novidade fica para os comandos por gestos; quando o projeto Soli foi anunciado pela primeira vez lá em 2015 Foi apresentado como uma inovação na tecnologia de detecção de movimento com a capacidade de detectar e interpretar movimentos precisos das mãos, como deslizar o dedo e o polegar para rolar pelas configurações e tocar os dedos para selecionar O motion sense, presente nos novos Pixels, é o primeiro fruto desse projeto mas está muito longe de oferecer o que foi prometido na época; você pode controlar o player de músicas, atender chamadas ou silenciar o despertador – apenas com gestos na frente do aparelho Lembra de ter visto isso antes? Pois é, a Samsung fez algo parecido com o Galaxy S4 lá em 2013 e a LG ressuscitou com o G8s este ano

Mas isso tudo realmente funciona? Não temos como saber Por usar uma tecnologia de radar que precisa de aprovação das autoridades o recurso está indisponível em vários países, inclusive o Brasil Se você estava pensando em comprar o Pixel 4 só pelo Motion sense, é melhor economizar o seu dinheiro Celulares com 3, 4, 5 câmeras estão cada vez mais comuns, e só agora que o Google finalmente lançou um celular com conjunto duplo na traseira Enquanto muitos torciam por uma câmera grande-angular a empresa decidiu investir em lente teleobjetiva, por considerar ser mais importante; é curioso ver o Google ir contra o que alegou no passado quando falou que o Pixel 3 não precisava de uma câmera teleobjetiva por ter um zoom digital de alta resolução que não perde qualidade como nos concorrentes

E o mesmo recurso também está presente nos novos aparelhos O Pixel sempre foi referência em câmeras e estes mantém a tradição ao tirar excelentes fotos mas as concorrentes estão se aproximando e até mesmo a Xiaomi já produz intermediários que não devem em nada, como é o caso do Mi Note 10 Em alguns cenários ele até conseguiu fotos mais claras, porém, em baixa luz os novos pixels ainda sai na frente com menos ruídos registrados ao usar o modo noturno Comparado aos rivais da Samsung, o Pixel 4 e 4 XL tendem a registrar fotos com tons mais frios evitando aquelas cores saturadas que conquistam os fãs da linha Galaxy E a grande distância que havia entre os iPhones foi reduzida nesta geração

Isso deixa claro que o Google precisa caprichar mais em 2020 ou ficará para trás na única coisa que sabe fazer bem A lente teleobjetiva permite aproximar objetos em até 1,8 vezes, e depois disso, muda para a câmera principal e usa o SupeRes zoom, para não ter perda considerável de qualidade Como esperado, esta segunda câmera não entrega a mesma qualidade da principal e e tende mais para tons quentes deixando as fotos levemente amareladas Os novos Pixels também tiram ótimas fotos à noite É perceptível um nível razoável de ruídos, mas isso pode ser quase que inteiramente eliminado com o eficiente modo noturno

Você terá fotos muito mais claras e com detalhes recuperados que seriam devorados pela escuridão A lente teleobjetiva também tira proveito do modo noturno, porém, apresenta muito mais ruídos que a câmera principal E quanto mais você abusar do zoom, mais granulada ficará a foto – mas ainda assim temos resultado melhor do que vimos em outros celulares Na parte frontal agora temos apenas uma câmera, que perdeu o foco automático de antes Em troca o Google inclui um sensor ToF que ajuda a medir a profundidade do cenário e gerar um efeito de desfoque mais eficiente

Por mais que os novos pixels tirem excelentes selfies não é mais nada tão surpreendente comparado ao que a concorrência agora também está oferecendo O destaque fica apenas para a lente mais ampla que permite incluir mais pessoas do que no iPhone Se você faz questão de gravar vídeos em 4k a 60 fps vai se decepcionar com os Pixels 4 e 4 XL Eles são um dos poucos tops de linha que ainda estão limitados a 30 fps nesta resolução A qualidade de captura é muito boa e a estabilização faz o seu trabalho

Assim como nas fotos, a lente teleobjetiva também filma com qualidade inferior e apresenta mais ruídos especialmente à noite; a captura de áudio é muito boa, com o som nítido e volume alto Como visto, os novos Pixels são mais cheios de baixos do que altos, mas a verdade é que sempre foi assim O grande destaque dos celulares do Google sempre foi o quesito câmeras, e os novos também tiram excelentes fotos, porém, não é mais nada tão surpreendente e que faça concorrência passar vergonha Pelo preço que você pagará importando qualquer um dos dois poderá encontrar opções mais interessantes como a linha Galaxy Note 10 da Samsung ou os novos iPhones da Apple Eles oferecem melhor desempenho e a bateria que rende muito mais

Apple e Samsung brigam em peso com o Google e você terá câmeras muito competentes com o diferencial de lente ultra-wide E até mesmo já vemos intermediários comprando briga com os Pixels, como é o caso do Xiaomi Mi Note 10 O modelo chinês sai bem mais em conta mas peca com um sistema que carece de otimização Pelo menos em troca você terá o dobro da bateria e que ainda recarrega mais rápido O Pixel 4 entrou para a nossa lista de decepções do ano e agora você entende o porquê

Ele não tem a mesma tela com brilho alto de concorrentes, seu desempenho está a nível de intermediários, e sua bateria rende pouco Seu destaque continua sendo apenas as câmeras – sem falar que há a tecnologia de controle por gestos que nem sequer funciona no Brasil A versão 4 XL só tem de diferente a tela e bateria maiores, mas a qualidade e experiência oferecida é exatamente a mesma assim, como o desempenho Vale importar os novos Pixels? Achamos que não É uma pena ver um modelo que deveria servir como referência no mundo Android ser inferior até mesmo à celulares chineses que custam metade

E aí, você ainda vai criar expectativas sobre o Pixel 5? Comenta abaixo o que você achou dos novos celulares do Google e se ainda faz sentido a empresa continuar insistindo neste mercado Na descrição você também encontra links com as melhores ofertas para os smartphones citados nesta análise Eu vou ficando por aqui, um grande abraço e até a próxima